Determinar o sexo de uma tartaruga de estimação é um processo difícil uma vez que, ao contrário da maioria dos animais, as tartarugas não apresentam sinais físicos característicos do seu sexo, nomeadamente um genital externo, que seja visível num simples processo de observação.
Esta dificuldade na determinação de sexo é comum aos restantes répteis, em que há observações que apenas são fiáveis em animais sexualmente maduros e outras que diferem de espécie para espécie.
A tartaruga tem uma morfologia diferente de muitos outros seres vivos, com a maior parte da sua anatomia escondida pela sua carapaça. Assim sendo, como poderá saber de que sexo é a sua tartaruga? Através da combinação de observação do plastrão, da carapaça, da cauda, das garras e do tamanho.
O PLASTRÃO
Um dos primeiros detalhes a observar numa tartaruga, para descobrir o seu sexo, é o plastrão, isto é, a parte inferior da carapaça que protege a barriga da tartaruga. Por norma, este é um dos métodos mais eficazes.
O plastrão do macho é ligeiramente côncavo (curvado para dentro), enquanto que o da fêmea é plano. Esta depressão permite que o macho se encaixe sobre a fêmea, durante o acasalamento, sem escorregar. Por outro lado, o plastrão plano oferece à fêmea mais espaço interno para o crescimento dos ovos.
Por vezes, o plastrão da fêmea poderá ser também ligeiramente convexo.
A CARAPAÇA
É difícil determinar, com rigor, o sexo da tartaruga mediante a observação da carapaça. Para que esta avaliação seja o mais correta possível, é importante ter a certeza de que o seu animal de estimação já se encontra na fase adulta e conhecer ainda a espécie a que este pertence.
Por norma, as tartarugas domésticas fêmeas são maiores do que os machos, contudo, como toda a regra tem a sua exceção, há espécies em que se verifica exatamente o oposto. No caso das “Cetrochelys sulcata”, por exemplo, em que os machos atingem um tamanho consideravelmente maior.
A CAUDA
No que diz respeito à observação da cauda, comparando os dois sexos, o macho costuma ter um pequeno corte em forma de ‘V’ na parte de trás da carapaça que lhe garante um espaço para acomodar a cauda durante o acasalamento e evitar que a cauda seja esmagada pela carapaça.
Por outro lado, na maioria das espécies, o macho tem uma cauda mais larga e grossa, de modo a alojar os seus órgãos genitais. Na fêmea a cauda costuma ser mais curta e mais fina. Ainda assim, esta observação depende do tamanho do animal observado.
AS GARRAS
As tartarugas fêmeas, nas patas dianteiras, costumam ter garras curtas, grossas e com o mesmo comprimento dos dedos dos pés. Por outro lado, as garras das patas dianteiras do macho são mais longas do que as da fêmea. Isto acontece por uma questão de sobrevivência em que o macho precisa das suas garras longas e afiadas durante o ritual do acasalamento e nas situações de luta, conquista e defesa do seu território. Esta característica é mais flagrante nas espécies de tartarugas aquáticas mas também é muito visível nas restantes espécies.
O TAMANHO
As tartarugas têm diferentes taxas e ritmos de crescimento bem como de tamanho adulto. A maioria das tartarugas fêmeas de espécies aquáticas crescem mais do que os machos, o que significa que este réptil em tamanho muito grande será, provavelmente, uma fêmea.
Mais uma vez, este critério não é 100% fiável sozinho. Há espécies em que os machos são maiores do que as fêmeas.
Para determinar o sexo da sua tartaruga é sempre importante que use uma combinação das várias observações aqui sugeridas. Usar apenas um método poderá por em causa o rigor da observação e levá-lo a fazer uma interpretação errada.
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